segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Aquilo


Tudo tem um inicio e tudo tem um fim.
Ao começar pelo inicio luto até fim.

Vejo tanto d'aquilo todos os dias

que acabei por me resignar ao que sou

um mero espectador despido de manias

tento por de parte aquilo que não dou

quando falo em mundos vazios cheios de complot.

Aquilo são livros decorados em décadas de escola

sociedades frenéticas a procura de uma esmola,

vazias visões estéticas das qualidades métricas,

são comportamentos finos tirados da cartola

sem sentido mas muito engenho na gola.

Gravatas atadas com precisão,

golpes baixos para subir de posição,

Algo que nos faça viver mais;

Num mundo tacanho de realidade diferente

em que todos somos especiais

mas onde ninguém quer ser presente ciente 

das suas responsabilidades sociais;

Enquanto gente e não algo de sangue quente

procuro não achar o propósito do meu mapa

o qual quero acreditar vou construindo sem escapa

porque se não o fizesse, mais questões se levantaria.

Certo é que sem asas não voarei e sem querer, não viverei.


Posso aprender a ler, mas com letras dadas nunca poderei escrever.


http://vferreira.no.sapo.pt/exist.html

Maestro 

4 comentários:

Bete disse...

vindo de ti só poderia ser algo fascinante. está lindo

redonda disse...

Gostei do que li.

Ana A. disse...

É um círculo em que os dois se confundem numa volta de 360º.

RM disse...

Numa viagem deste tamanho, só a passos lentos é que poderemos concluir os graus de cada cintura .