domingo, 24 de junho de 2012

À medida em que vamos caminhando, os nossos pés vão-se enterrando, atormentados pela manada, acabada de chegar. Sem saber cantar, vou-me melodiando pela vida, acordando com a gente, determinando a quente.

Nas últimas semanas tenho trabalho mais que o devido, cabeça enterrada na areia, nada de meia, calço a bota sem contornar a veia. Sei bem, que a lua está cheia, mas quem me diz, que vivo aqui e não no além.

O meu sonho, novo e mesmo velho, não o digo mais a ninguém. Decidi, qual Juiz sem juízo. Ao mesmo tempo que caiu no prejuízo, de acampar em chão liso.

Vejo mais hieróglifos que letras em cacifos, mestiços, são os sentimentos que tento deixar para trás, sem compromissos. As lágrimas caem normalmente pela falta de coragem, e sem muita margem, corto relações como a desilusão corações.

Deixei de cantarolar minha junção de vida com o mandão. Virei a modos que meio-budista, sinto-me mal em comer carne e em pouco tempo sei-me vegetariano. Não conheço escrituras tibetanas nem vídeos anti-concentração-de-animais-em-massa.

Mas apesar de olhar para o mundo desde há muito desconfiado, tenho medo. De me tornar num estranho, que apenas vê com o seus próprios olhos.


E o que fazer, se não pertenço aqui. Sim, faço de conta.

Crescer, li algures, é uma armadilha.

Deixa-me na minha criancice, digo eu, que assim vou sendo feliz. Num par de anos digo-vos se vale a pena. Por agora continua-me a parecer que -adulto- muito tem haver com adultere.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nos próximos tempos vou estar a trabalhar para, entre outros, a Amnistia Internacional.

E é isto .