terça-feira, 21 de julho de 2009

Não sei. não sei mesmo, se por vezes tudo isto é.

Dói-me os músculos todos, dos pés aos denotes do cérebro. Agarro-me ao vento, com a esperança que me leve para sul, lá no norte das nossas almas. Onde olho para cima e vejo o que me está preso cá dentro. Tenho as mãos dadas à distância, tentando lembrar o gosto de um sorriso, só por estar. Esta ânsia, que renova a melodia de toda uma infância. Acabo por descobrir que não sou só eu a viajar, todas as noites, quando o sono não chega. Não são só insónias, são paredes pré-armadas de imagens, aviões que param de paragem em paragem para despejar passageiro indesejados. Terroristas sem intenção, levados ao limite p'la falta das linhas -de compreensão-.

Alguma vez, de todas as vezes que o fizeram, sentiram que viviam num sonho, numa fantasia de armas apontadas ao céu, declarando o fim de guerras interiores, comparadas a vozes de deuses, cobertos por véus.

O que tenho em mim são mais que sementes, e menos que árvores, são florestas de luas, de sonhos e fantasias, que me fazem correr e cansar, até me doerem os músculos todos, dos pés aos denotes do cérebro. Até chegar ao cume de neve. de uma montanha de rosas. no deserto.

2 comentários:

x disse...

essa viagem é longa...

RM disse...

é, mas luto por lá chegar...