quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

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Deixou-me de rasto. Castos de espinhos, perfumados na carne sem feixe. É sim, foi bom, ou melhor: foi melhor. Assim.

É esquisito, estranho e ao mesmo tempo - claro - que ela me leia quando nao escrevo. que me oica, quando nao falo. que me descreva, quando escreve. Que me encontre, no fundo. quando sente saudade.

É esquisito. Como podemos sentir tanta coisa, sem conseguir explicar e, com o silencio, ditarmo-nos, por completo. A certo ponto quase desisti, de alguma forma -escureci. E nao conseguia descrever, aquilo que na verdade, nao estava nas minhas maos. Pois, sempre esteve.

O primeiro piscar de olhos foi de abismo. o segundo, de um profundo autismo.
Agora, agora é de carinho e de algum -egoísmo.

Lutei sem saber e caí. no chao. knock out. Depois vieram os bracos no ar. Agarra-te gritaste. Nem sempre a perda é derrota. Nem sempre.

E no fim. agarramo-nos á Verdade
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Nem sabes o bem que me fazes

terça-feira, 12 de janeiro de 2010



Agarra-te. Isto são dias a mais, no escuro. Dias a mais, que te trarão dúvidas e certezas, luzes e apagões, cacos e ilusões. Diz-me se alguma vez sentiste fazer, antes de o ter, e depois de o querer. São dias de ilusões. Cansaço por dentro, suor d'alento. Pérolas por feijões.

Flasches de luzes, intermitentes como vulcões, caçadoras de emoções. Perdi-me. No labirinto da vida, quando o telescópio saíra de órbita, á procura de hóstia. Demais, o resto fica salpicado, por entre dentes .

Palma-me as costas, e trás-me de volta: a vida.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010




De tempos em tempos, há sentimentos que saem de mansinhos, quase escorregadios, como que á espera de um jogo que nunca começou. Na verdade, começaram á muito, recônditos, amadurecidos, de uma forma leve, engrandecidos. Trás-me de volta, a um tempo ainda não vivido. Comido por bichos não vivos, bichos cheios de apetite, bichos.

Mas o sopro é nosso e somos nós. Toque a toque vai-se o encanto de piscares de olhos. Multidões de cantos marcham. As vidas, as vidas continuam e os destinos são preenchidos, por estradas construídas por visões, das multidões.