by Natalie Pihillips
Tudo o que é - é. Mesmo o que é, difícil de ser. Bem. Certo ou errado, somos todos pagos. Para não ver. E quando não nos pagam, vemos.
Por isso, vemos o que nos deixam ver. e nós esquecemos. Sinto a amargura, sem ternura, de um mundo inteiro. Estou muito longe da luz. Sem estores, vejo a luz, acesa, todos os dias. Mas em poucos olhos vejo esperança. Sem nunca a perderam, se o mundo é assim, tão distante, sem infante, são os esquecidos de nós que ficam, num som piano, à espera.
E eu, que está tudo bem. que no fim está tudo bem, mas não consigo afastar os sonhos de criança. que me sentem fracassar. Por não conseguir mudar o mundo. a sonhar, encontrei milhões de pessoas como tu, que vivem, sem dúvida. Mas a dúvida fica, ao som de um insano. Com a vida à nossa frente, imaginamos a velhice, cheia de dominós. Mas a verdade é que os avós, somos nós. A mim chega-me só um pouco de ti. Um pouco verdadeiro, de ti. Na verdade apetece-me um Outono dos antigos, uma vida em frente, e não pelas costas.
Preciso que me odeies, ao mesmo tempo que me amas. Preciso de sentimentos, absurdos, puros, selvagens, sem imagens, irmãos são coragem. Preciso de tudo para perder o nada, que se apodera de nós. é como que a voz, de momentos a sós, nos canta, anda, finda, mas não encanta. Na verdade, assusta, e no mar revolto,
nada.
No dia que me perceberes, explica-me. Assim serei mais um percebido, num terrestre perdido, à espera de um abrigo. Nas infinitas procuras Atlantis.
Por isso insistes, e no fim existes, para lá.
Sem -vistes-.
E as almas valem mais mil palavras, adiamantadas. mas prefiro olhos. mesmo fechados, que me agarram. por dentro, dizem: não estás sozinho. E tudo o que quero é acender a luz. lá de fora, para poder baixar os estores. e ir-me embora.
Talvez tivesses razão. Estou tão cansado de estar arrependido de tudo o que fiz. Pior, estou cansado, de mil anos, do que não fiz.
Talvez tenhas razão.
talvez esteja apenas a enlouquecer, na minha própria cantiga. de rua. Por a cómodo, escolho a casa. em Ti
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