Eu não quero. o teu rancor, ao mesmo tempo que detesto a minha superioridade. Sabes, vida não é o que me faz falta. Chegou um momento, num murro de ignorância, que deixei de ter. Todas as gotas num lago sem fundo, transformando o mundo num fungo. A calma de um universo redundante. O outono é sempre como que um regressar às origens. Quem me dera, regressar às mentes virgens. E por outro lado, estou farto, ou melhor, fortíssimo, de melancolias. A minha, misturada com a imagem que eu tinha das outras. As mentes. Virgens. O que eu quero. Não quero o meu desgosto. Eu não quero a minha escrita, quero muito antes a tua visita. Não quero o teu beijo, quero-te sem desejo. Não quero a minha incompreensão, a minha falta de visão. Eu não quero. a minha falta de esperança, a mais que tua indistância. Não quero as tuas palavras. as por isso frases, completas. Quero a tua desistência, a tua viagem até mim, sem relevância. Quero as horas, todas, no meu bolso. Escondidas sem fim, colhe a minha maçã de Serafim. Se fui acabado, porquê do mal-amado. Encolhido nos teus braços. Dá-me egoísmo por forma de altruísmo. O rei na barriga sem ter que arrotar, de fome, enfeitiça-me, sem ter que haver por isso uma caça às bruxas. Sujas, mas deixas caído, e por mais que levite, mostra-me a solução, e sem barão, transforma-me em Sansão. Sem nome, peço-te perdão, de joelhos, na máscara-de-adão.
e porque dias não são letras, deixo-te um sem pedras. Esquece os capetas, somos nós, os chatos cornetas.
Acorda, mundo, acorda
Se achas que falo demais, abre o abismo e eu gritarei lá adentro, que dentro de nós. Só resta um pouco do mundo, e ele vai ficando, connosco a desejar que acabe, sim. Um dia é o mesmo dia que amanhã, e ontem não sei o que acontecerá, e o vento leva tudo, menos o cheiro a chá. Como espero, que a música me leve para longe de ti, e ela rastreia-me, numa roda sem mim. Sem mais cruzes, restam-me os credos.
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