Há dias amarelos e ruas desenhadas nas palmas da mão.
Não hei-de perder. Não desta vez. Desta vez vou ser feliz. Não vou pensar no futuro, não vou olhar para o passado. Vou deixar de olhar para o passado. Não tenho saudades de um país. Não tenho saudades de pessoas. E o resto não digo. Vou esquecer, vou ajudar a esquecer, ajudar-me a esquecer.
A vida é assim, como óculos que nos indicam a vida feia, e eu tiro-os e como é tudo bem mais bonito.
Um dia irei pôr as lentes. O mundo está a acabar, sempre esteve, desde que nasceu. E nós com ele, e desta vez vivo, pela última vez espero, vivo. Espero, mas não me lembro, esqueço o passado, e com a dádiva de deus esqueço outras vidas. Que seria de mim com a lembrança de outras vidas, de erros passados, impossíveis de serem corrigídos. Que seria de mim, se não me lembrasse, que me posso esquecer. Sempre, andar para a frente e esquecer, os meus futuros.
Deixa vir a chuva, que é bem vinda. A tristeza é lavada pela neve, por isso deixo chover, um pouco mais, cada pinga é bem vinda. Vida esta, sem morte que nos salve.
Quem disse, que eu queria lembrar: Deus,
é Música, bem alta. Melodia, que não tenho, é de Graça, esta farça.
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