quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cacto

há-de chegar o dia em que deixo. de lembrar, esta vida. e começo outra. o dia em que a vida se parte em duas, para a partir daí, não mais parar de se partir.

quero esquecer, ao mesmo tempo que me recuso faze-lo. e a felicidade. é para mim, todos os dias confrontada com a Índia. e os índios, deste mundo fora, que sao perfurados, pelas astas da ganancia.

se nao -a- tivesse.

teria partido sem deixar estilhacos. feliz sim. mas hoje ficou-me claro que o sonho de míudo, de um mundo melhor, já partiu. e fiquei eu, um caco. de um sonho

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