domingo, 20 de dezembro de 2015

"Cry"

I have seen peace. I have seen pain,
Resting on the shoulders of your name.
Do you see the truth through all their lies?
Do you see the world through troubled eyes?
And if you want to talk about it anymore,
Lie here on the floor and cry on my shoulder,
I'm a friend.

I have seen birth. I have seen death.
Lived to see a lover's final breath.
Do you see my guilt? Should I feel fright?
Is the fire of hesitation burning bright?
And if you want to talk about it once again,
On you I depend. I'll cry on your shoulder.
You're a friend.

You and I have lived through many things.
I'll hold on to your heart.
I wouldn't cry for anything,
But don't go tearing your life apart.

I have seen fear. I have seen faith.
Seen the look of anger on your face.
And if you want to talk about what will be,
Come and sit with me, and cry on my shoulder,
I'm a friend.
And if you want to talk about it anymore,
Lie here on the floor and cry on my shoulder,
I'm a friend.
Um suspiro de esperança. por entre linhas. Obrigada.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Quando vim para a Alemanha, deixei um mundo sem família para trás. Vim à procura de um sonho, e mais ainda, vim porque me sentia sem tecto, cada vez que me sentava no meu quarto...

Mas deixei alguém tão querido -para trás- -

 Alguém que até hoje me faz o coração bater mais devagar. Como que em meditação, debaixo de água.

Alguém que me percebeu com a primeira linha que escreveu. Não há perdão para a arrogância de pensar saber-se as leis do tempo, que tudo se esquece. Almas não se esquecem         . E eu pensei saber quem era, o que queria e o que sentia...

Apetece-me ser sacudido por um grito, que me penteia com uma voz -toda ela em vento-.
Quero ser um soldado do mundo. Sem espiritualidade. Quero um mundo recto. Sem perder tempo com vírgulas.

Quando voltei da Índia senti-me completo. Sem necessidade de voltar a ter nada. Abdiquei de quase tudo. Sem material sentia-me livre. Depois a depressão do meu melhor amigo, meu irmão            . Nós, juntos, vamos conseguir. Eu vivo contigo, tomo conta de ti. Sim, a nossa forca vital chega para isto tudo, e muito mais. As minhas duas irmãs, num tipo de seita que me faz acreditar num deus. Que só pode estar a gozar, como diziam os magos indianos. É tudo um jogo. E os dados viciados.

Agora a tua perda foi demais. Já nao tenho fogo algum. É tudo gelo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sal sem Sopas


Queria escrever, que me arrancaram o coração. Queria escrever, de uma forma bonita e avassaladora, que me tiraram o abrigo. De uma forma ou de outra, queria pedir-te perdão. Mas decidi fazê-lo sem cerimonias nem palavras bonitas de antemão. Em alemão. Ousim ousopas, e fiquei com a colher na mão, e a boca aberta, com uma água turra sem polpas. Já não consigo pensar um sentimento, sem ironia escarrumba.

Acabou, e nem sequer um vazio

sobrou.

Por isso decidi voltar a ler. Ou seja, a próxima viagem demorará meses ou anos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Faltam-me as vozes, a coragem, para rastejar atrás. de Ti. Amo-te, mas... no íntimo, desejei não te ver mais. Odiava-te por dentro com todas as minhas forcas. insincero, julguei-te. Não tinha como ouvir-te. Fica. fica. fica. Ela disse um até já, com medo do amanha. e eu, feito forte, em choque. chorei. Por dentro, porque por fora estou a pedra dos últimos anos, a falta de esperança tira-me a visão. Volto à volta. Viagens para aqui e acolá. a procura dum mundo distante, dentro de nós. mas eles não saem, estes nós. Que no fim nos desapertam. e eu perdi-te, porque não conseguia ouvir. os ouvidos tremem de noite, sabes como é? como hei-de de explicar: zumbidos de tratores, que moem e cozem. Panela de pressão, sem queimar a mão que pega. mas por dentro ferve, à espera da salvação. sim, foi a primeira vez que tive medo de sair à rua, por correr o risco de, ao me perguntarem como estou, eu, sem querer, começar a sorrir em rios.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Perfeito

Por haver dor e sofrimento
Injustiça e tormento
Distância dos meus
Dou graças a deus

Cavalgar por entre mares
Bem vinda intolerância
Criticismo na bonância
Agitados deslares

O bom visto por baixo
Nítido desleixo
Da escuridão
No verão

Faltam-me silêncios
Por sorte existem inícios
Que me recordam precipícios
Nas metas dos sacríficios

Não há nada melhor
Na gente que o olho menor
Funcionando como espelho
De um ser inferior

Sempre que julgo - minto
E mais ínfimo me sinto.
Em tudo o vejo
Extiguem-se-me as Palavras de desejo