quinta-feira, 7 de junho de 2018

Hoje acordei com esta imagem na cabeça: quando morrer, quero ser enterrado de barriga para baixo, com os braços e as pernas esticados na diagonal, como que a abraçar o mundo. Ofereçam os meus órgãos aos cães, façam experiências com os meus ossos, triturem o cérebro e deixem os cabelos crescerem, juntamente com os unhas, até à derradeira fogueira. 

Até lá?

Viver com o peito para cima contemplando o céu, minando corações com um mínimo de serotonina e cérebros com imagens dos Alpes e dos Himalaias.

Sinto-me em cinzas cada vez que acordo e vejo gente caminhar de cabeça baixa. A maçã e o robôzinho roubaram-nos o último suspiro de humanidade de nos restava. 

Mas o jogo está aí para nos entreter e para quê a chatice, se o pão e o circo chegam. Logo eu, que amo futebol.

Que se fodam as lebres, hoje comemos gato. 

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