Os tempos em que acordava logo de manhã, eu, que sempre adorei dormir, principalmente durante a semana, quando a minha querida mãezinha me acordava para ir para a escola, com a mais pura das urgências, que era pôr comida na mesa para seis, às vezes sete,
esses tempos, com uns desenhos animados que acabavam compilados com um mundo infinito de beleza incomparável, numa qualquer savana longínqua, o rei da selva ou uma manada de elefantes altivos, que nada esquecem e sempre voltam ao mesmo ponto, para morrerem,
Tempos esses sem tempo, nos quais horas se espalhavam, muitas vezes, em anos de felicidade, acompanhados por peladas sem fim, divididas em campos de cimento perdidos pela parte mais a sul do Rio cor de prata que tanto amei, mesmo antes de saber que sabia amar.
Em dias assim, fases ocas, sentidas como séculos milenares, que nos pesam na parte de fora da nunca e do crânio, são como o sabor a granito dum café, que sem ser escalado, nos congela a alma.
Logo a nós que, a termos uma, teria que ser mais negra que qualquer xícara usada de Türk kahvesi, esquecida num víl castelo preto, afundado no mais profundo dos oceanos, que são a cave da nossa vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário