domingo, 19 de abril de 2009


São trampolim de desilusões, cambalhotas de sensações, mais ou menos levadas ao extremo dos mexilhões. Agarra-te bem -ao chão-, que eles são bem mais que trapalhões. Mexem, mexem e mexem, até encontrarem algo com o que brincar.

Será pecado chorar? Se for, peço por uma desculpa urgente para me benzer. Mesmo sem acreditar.

Tenho a lupa no céu, em forma de conselheiro. Um pirilampo ao ouvido transformado em luz de fundo. Que formigueiro. Pouco mais temos a oferecer que o resto de nós, e ele constrói-se a sós. Não precisa de voz ou dedos d'avós.. Na verdade, não precisa de nada. Faz-se de pós. Sem antes.

Visto que o dado foi lançado, meio-jogo meio-granada, mergulho no destino do fado. Guarda-me por mim, este sentimento -por ti-, pois vejo-te afastar com a mão esticada, a esperar esperar.

-Ajudas-me a respirar?-

Pergunto-te

Ajuntando a tua boca à minha, na esperança que a respiração neste mar de gente inlouca me deixe
-sem ar-.

Toca-me. Toca-me de mansinho, faz-me acordar. Se tudo isto for um sonho, deixa-me continuar a palpitar. Que este coração qualquer dia apercebe-se e mete-se praí a voar.

Deixa-te encontrar, eu prometo que fujo apenas para não te assustar. Mais do que aquilo que já estava, procuro justiça no meio disto tudo, e sem querer comprometo-me a ficar. E fujo, para não te assustar. Ficava aqui, ali, aí contigo. Bastava apenas um tom, mas o volume estava no mínimo e as palavras saíram sem som. Aqui estou, a tentar aprender mímica. Não percebo nada, fico, num olhar vazio, a brilhar. Um dia deste aprendo-me, agarro-te, e nunca mais te deixo cair. Prometo.

Até