terça-feira, 31 de outubro de 2017

Qual misantropo

Serás tu tudo aquilo a que me propus seres.
Deixa os lençóis cobrirem-te a vida de quando em vez, para assim poderes sair das dunas a três. Divindades. Matam-nos por dentro, luzes sem azul-doirado.

Fim. 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Tudo o que é corpo pouco me diz:
Quero alma
Um mapa encarnado
A vida de um olho gordo encantado.

É o estalar do verniz
Quando olho para ti e nada me diz.

Qual calma
Se me faltam linhas na palma?

Mas atenção!

Ainda sinto o mundo
Ao mesmo tempo que mas mastigas
Tiradas do abismo não fundo
As canibais formigas.


Páginas brancas sem fim
Escritas por um qualquer serafim
Tim-tim por tim-tim.
Em final de turno
Todo ele é fiel e corno
À espera do maldito abono.

Num Teatro sem lema
Somos todos cabaré.
A mim só me falta o tema
Para me fazerem rir de pé - em rodapé.