sábado, 3 de abril de 2021

Ócio

Que bom que é aprender sem medo de enlouquecer. Manuel Cuenca Cabeza e Jaume Trilla, por mão da Universidade Aberta e de uma professora espetacular, ensinaram-me o que é, realmente, o Ócio. Creio que, depois de algum tempo refletindo e pondo em prática os seus ensinamentos, posso afirmar que este conceito pode muito bem ter-me salvado a vida.

Algo tão óbvio, com vários livros e artigos que, em detalhe, me ensinam o que é viver ativamente de forma cada vez menos prescrita e, precisamente, não-passiva.

Aprender a aprender tem sido, desde a três anos, o meu principal ócio. Agora basta continuar a fazê-lo de forma consciente.

"Vou sempre a jogo quando me convidas
E apenas sei que perco sempre a mão
Há no baralho amor e solidão
E atraiçoa-me o tempo às escondidas

As coisas sendo assim são o que são
Com gaivotas de sombra repetidas
E as cartas já todas distribuídas
Eu apostei a alma e o coração

As ilusões passaram das medidas
E em noites tresloucadas de paixão
Trazes um cheiro a fado e a perdição
E dás cabo de mim e não duvidas

Nessas linhas que tens na tua mão
Há estrelas cadentes esquecidas
E é na sina febril das nossas vidas
Que eu vou morrer da tua ingratidão"

Morrer De Ingratidão
Carlos do Carmo, Maria João Pires

Compositores: António Vitorino De Almeida

 

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