O mundo é um lugar bonito.
Tão bonito que o trinco
em cada lufada
de ar quente
em cada madrugada
a andar sem gente.
o crepúsculo,
de mãos dadas num banco do jardim
as gentes, contentes luas, nas ruas,
por ondas às voltas nas praias nuas
pela deserta das mentes.
O gelado, o chocolate, a música.
Ai a música, as letras, os sorrisos
A inocência, a trapalhice, a carência
criança.
O toque. Adoro mãos. E dadas.
Tenho que sonhar para não acordar
Mas continuo a ter medo
Faz parte de mim e vou lendo
O que está escrito em ti. No fim
será sempre assim que quero o sim
Tenho dez letras que procuro
Que não digo mas desvendo
Ao mesmo tempo que as vou encontrando
no clarear do meu singelo escuro.
Vale a pena voar mesmo para no fim cair e m'agoar.
O que vemos lá de cima é tão bonito, que se torna tudo menos esquisito, de olhar.
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