Era uma vez uma nota. E era feliz. Porque existia.
E se existia era porque alguém se tinha lembrado dela, deixando-a nascer. Alguém se tinha lembrado dela. Ouvira uma melodia, na voz de alguém que nem sequer conhecia. Mas sentia que já a tinha ouvido, que a conhecia de algum lado, que a tinha dentro dele ou dela, ou melhor, que a queria para ele, ou para ela.
E se existia era porque alguém se tinha lembrado dela, deixando-a nascer. Alguém se tinha lembrado dela. Ouvira uma melodia, na voz de alguém que nem sequer conhecia. Mas sentia que já a tinha ouvido, que a conhecia de algum lado, que a tinha dentro dele ou dela, ou melhor, que a queria para ele, ou para ela.
Porque esta estória näo quer ter género, hoje quer apenas ser. Contada. Sem realmente existir, viver ou morrer, quando acabar. Quer ser. Algumas pessoas iräo ler e gostar, outras nem sequer a väo acabar.. outras porém, iräo acabar de a ler apenas para poderem dizer que näo gostaram. Haverá ainda quem irá gostar, mesmo sem a terem percebido muito bem. Por fim, muitas seräo aquelas que nem sequer teräo o desprazer de a ouvir nem a honra de a conhecer. Porque o mundo é assim mesmo, inacabado para uns e demasiado finito para outros.
Mas onde eu ia! Sim, a nota! Existia porque alguém tinha decidido separá-la das outras, torná-la especial, e com um propósito. Mas a nota näo fazia sentido sozinha, porque estava na cabeça daquela que a tinha ouvido. Com outras notas à mistura. Sim, porque tinha sido uma rapariga a descobri-la.
As estórias säo assim, escrevem-se e apagam-se, väo-se construindo, a si mesmas. Mas esta é especial porque fala de uma nota, entäo näo se apaga. Vai se apenas construindo.
Ah, a nota! Foram entäo descobertas, inventadas outras notas, que apesar de näo serem muitas, só faziam sentido juntas, umas diferentes, outras iguais. E faziam lindas sinfonias juntas. E a nota era feliz. Até que a estória começou a passar de boca em boca, se tornou täo longa que a melodia desta acabava e começava de novo, vezes sem conta... Tantas vezes que a nota ficou infeliz, porque cada vez que alguém a ouvia confundia-a com outra nota qualquer. Era apenas mais uma estória. Uma melodia. Uma irmä quase gémea das outras, näo fosse esta nota ter nascido uns séculos antes, e como só se pode ser gémeo se se nascer mais ou menos ao mesmo tempo, esta nota sabia que era especial. Mas mais ninguém o sabia. Entao a nota continuou a fazer o seu trabalho, e de vez em quando gritava para que alguém a Notasse.
Até ao final da estória. Até ao final dos tempos. Até que alguém voltasse a Notar em si. Porque apesar de sempre o ter sido, só o era realmente quando alguém pensava nela. Pela primeira vez. Fazendo-a: Especial. Sem se aperceber que cada nota o é, sempre. Até o deixar de ser. Para aí a música acabar, e a estória também. Até compreender que por mais que queiramos continuar a escrever, chega um momento em que alguém nos pega na mäo e nos leva, a sorrir.
E a música acaba sem que a nota tenha que o fazer, nunca. Porque a melodia vai ficando para sempre, na mente daqueles que a ouviram ser. A rapariga pareceu, mas quem se lembra dela ainda hoje a ouve cantar. E canta também.
As estórias säo assim, escrevem-se e apagam-se, väo-se construindo, a si mesmas. Mas esta é especial porque fala de uma nota, entäo näo se apaga. Vai se apenas construindo.
Ah, a nota! Foram entäo descobertas, inventadas outras notas, que apesar de näo serem muitas, só faziam sentido juntas, umas diferentes, outras iguais. E faziam lindas sinfonias juntas. E a nota era feliz. Até que a estória começou a passar de boca em boca, se tornou täo longa que a melodia desta acabava e começava de novo, vezes sem conta... Tantas vezes que a nota ficou infeliz, porque cada vez que alguém a ouvia confundia-a com outra nota qualquer. Era apenas mais uma estória. Uma melodia. Uma irmä quase gémea das outras, näo fosse esta nota ter nascido uns séculos antes, e como só se pode ser gémeo se se nascer mais ou menos ao mesmo tempo, esta nota sabia que era especial. Mas mais ninguém o sabia. Entao a nota continuou a fazer o seu trabalho, e de vez em quando gritava para que alguém a Notasse.
Até ao final da estória. Até ao final dos tempos. Até que alguém voltasse a Notar em si. Porque apesar de sempre o ter sido, só o era realmente quando alguém pensava nela. Pela primeira vez. Fazendo-a: Especial. Sem se aperceber que cada nota o é, sempre. Até o deixar de ser. Para aí a música acabar, e a estória também. Até compreender que por mais que queiramos continuar a escrever, chega um momento em que alguém nos pega na mäo e nos leva, a sorrir.
E a música acaba sem que a nota tenha que o fazer, nunca. Porque a melodia vai ficando para sempre, na mente daqueles que a ouviram ser. A rapariga pareceu, mas quem se lembra dela ainda hoje a ouve cantar. E canta também.
Sem comentários:
Enviar um comentário