sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pacto


Porque estou aqui e näo preciso de nada para mo poder indicar.

Todo aquele frenesim, aquele chinfrim, aquela barulheira na minha cabeça minúscula, faz-me crer naquilo que sempre temi.

Estou a um paço do céu, mas preferia ficar na terra.

Näo há nada que me possam dizer. Nada que me possam tentar convencer. Nada que me possa confortar. Nada. Mas esta corda invísivel, que me puxa sem que a sua força seja suficiente para eu levantar os pés, também näo me deixa estar onde quero. Ou seguir outro caminho. Eu. Quero estar em todo o lado, säo apenas duas realidades, porque é que näo as posso juntar, e assim.. Que esgotamento, a falta de contacto com a superficie da realidade. Ou o contacto a mais. Pois agora começo a deixar-me levar pela realidade, e sinto que até agora tudo era sonho, tudo era destino, tudo era simples, tudo era. Tudo. E agora tenho tudo, terei tudo, serei tudo, farei tudo, e näo me apetece nada. Estranho este ser que guardo dentro de mim. E os livros levam-me, a música trás-me, os amigos eternam-me, e eu sigo-me para onde tenho que ir. E hei de lá chegar.

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