É difícil ser descomplicado quando a mente está confusa.
Todos queremos andar para trás, como se não soubéssemos o que estamos a fazer. Sabemos.
E muito bem. Apenas não queremos ver, queremos viver, -sonhar- mas nem sequer nos deixamos adormecer. Repetimo-nos a cada palavra gasta.
Não podes esperar de mim aquilo que não me corre nas veias. Sou um simples ateu das vidas e não, não quero que me leias. Quero que saías.
Mas se me sinto viciado, até duas palavras me fazem perceber o dia. Mas sinto que devo calar.
Porque o que saí não é o que quero dizer. Explicar o que estou a sentir. Não. Não. Não consigo. Que prisão me escorre pela mão. E que bater. Será o papão. Buh. Sim, é o coração.
Que calor. E no entanto, tremo. Gemo. Esqueço-te. Sei que sim. Mas não me lembro quando.
Há de chegar o dia em que me faltam as palavras e aí sentirei o que é ser livre destas escravas.
Aqui. Tudo é noite e o dia passa sem mim. Que felicidade me poderá trazer partir se só de o imaginar já me está a baralhar. Desculpas. Aceites. São minhas e são para mim. O resto do mundo ficou sem alecrim. Sem ser semeado. Menos dourado. Eu fico apenas com o pensamento que um dia terei tudo aquilo que recebo mas não percebo. Porque vejo tudo para além do que é e nada daquilo que me está exposto.
Sinto-me crente, mas depois vêm as palavras e foco sem lente. Perco-me. Será que alguma das coisas que disse chegaram. Porque eu, não as ouvi sair.
2 comentários:
Parabéns, continua a ser delicioso passear por aqui... joquinhas
Obrigado sónia, fico contente que pessoas como tu apreciem aquilo que faco :)
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