sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Esta vontade de dizer tudo, todos os dias, a todo o momento. A certeza que a música trás lembranças de vidas passadas, ainda não vividas. Todos os dias escrevo, às vezes aqui, às vezes ali, no meu quarto. Quando aqui estou aproveito para deixar qualquer coisa.
E a dificuldade de ler - não é preguiça . É mesmo uma dificuldade, por ter medo que em cada linha veja a minha vida, a passar e eu a tentar agarra-la. Não te vás já, ainda tenho tanto para fazer. Os planos para o verão todos feitos, mas nada de dizer para onde nem como nem porquê - dá azar -

Costumava por a culpa nos outros, daquilo que eles não compreendem. É óbvio que toda a gente deve tratar bem os outros.
É óbvio que se eu tivesse um filho lhe dava tudo o que ele me pedisse.
É óbvio que não lhe dava tudo,... quase tudo. Dava-lhe amor.
Sempre ouvi dizer que amor é tudo.
Por isso sim, dava-lhe amor e ele todo contente, por eu lhe dar amor.
- Pai, não preciso de mais nada, desde que me continues a dar amor.
Toda a gente sabe que as crianças nos obedecem porque nós lhe damos amor.
Claro que não o dizem assim
- Pai, não preciso de mais nada, desde que me continues a dar amor.
Mas dizem, quando olham para nós, dizem-no.

!Sim, há pais que batem nos filhos, e eles obedecem, mas esses não contam. Porque toda a gente sabe que quando eles crescem e já não tem medo do Pai mauzão, deixam de obedecer.

E eu ainda não tenho filhos, mas tenho os sobrinhos mais lindos do mundo.

É óbvio que todos queremos ser felizes.
Mas se é tão óbvio, porque que eu cheguei a um ponto em que deixei de acreditar naqueles que não fazem mais que espreguiçar, bocejar,
- a disfarçar -
- O quê, estavas a falar comigo? desculpa não ouvi.

Repararam na parte em que ninguém pergunta
- O que foi que disseste?

Sim, alguns perguntam, e ainda bem.

2 comentários:

CL disse...

E o que foi que disseste mesmo?
;)

RM disse...

disse -obrigada por ouvires :)