domingo, 30 de novembro de 2008
Imaginem uma fonte, prestes a secar. O dia era verde e o Outono chegara, para ficar. Enquanto isso, folhas chapinhavam e gritavam, sem parar. Os suspiros vazios, estremecidos pelo recordar, eram tanto que ás vezes chegava a pensar no que valerá a pena. Acordar. Imaginem uma fonte, que abastece toda uma população. Chega para cultivar e aquecer o pão. Se hoje visse Adão, perguntar-lhe-ia de certeza pelo sabor da maça. Porque não? Terá sido de certeza o sabor mais esquizito que lhe passou pela mesa. E no entanto, não teve pressa e ouvira toda a explicação da presa. Apesar de saber que nunca tivera opção. Levanta-me uma questão, que por mais que a faça maça e salpica-me o coração: Onde está a liberdade de expressão, se toda a gente sabe que o seu delito o fez por ele são. Por outras letras, poderiam ler: a crença em algo que me dá a mão, mas nunca está presente, sem ser em oração. Pois então imaginem uma fonte, prestes a secar, e a medida que vai secando, trás consigo pedaços de areia, junto com a água, que alimenta a gente e aquece o serão. Conseguem sentir o chão a tremer cada vez que a'nunciada babilónia anuncia vir para ficar. Vendam-lhes os olhos para que não possam mentir ou tentar. E à medida que vai secando, a fonte da vida anuncia a sua partida. Escavamos uma nova, mudamos-nos para a cidade canalizada, ou esperamos que a chuva venha, como prometido, visto que o inverno está para chegar .
sábado, 29 de novembro de 2008
vóz
Onde pára aquele essência do eu... O mundo que nos trás a frente sem nos mostrar o porquê do céu. Ninguém que olhe por mim acredita simplesmente no grande-bum.
Mesmo assim, a pomba continua a ser símbolo de paz. Um pássaro em minha casa, um sinal de Adeus. Ruivas é que não, por favor. E não pisem as riscas na rua. Nunca jantem a três. Se querem um segredo, contem-no a ninguém. Assim, demora mais, até que o descubram. Já agora, tentem encontrar uma agulha no palheiro.
Um cêntimo, que sorte!
Como os espinafres, faz forte. Como o Popeye. Pronto, chega de superstições. 'Tou cheio. Já falta pouco. Será que este ano vou voltar a comer apóstolas secas? Já nem me lembro dos meus desejos do ano passado. Dum lembro-me: Ser feliz.
Esta sim é a minha essência: Mostrar o que vejo, quando fecho os olhos. Cada dia tem dez mil anos. Abraça-me. Ontem descobri que não há nada melhor do que o corpo de uma mulher. E por aí continuam as pinturas nas paredes. Olha, um gato preto .
Click
E depois deixou de ser.
Não sem antes dizer tudo o que lhe vinha à cabeça. E surpresa.
Quando a bola deixou de saltar o piano começou a tocar, e apaixonou-se pela primeira vez. Para sempre.
Tinha oito anos e o escuro era muito mais aterrador do que a escola, ao sábado.
Adoro-te.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
montanhas
Mais um dia de insónias mutuantes,
mais uma noite de memórias distantes.
Porque será que nego o meu eu
e afirmo conhecer o teu véu
não há nada nas montanhas que me faça desistir
mas também não há nada em si que me faça assistir
a uma morte lenta do mundo, por mim, por ti
mas nunca por aqueles, que pensam diferente
de forma a nos levarem em frente
Desconheço a vontade do ridículo
mesmo assim, se vivemos num circulo,
como podes ser num fim
quando se começa apenas porque sim
?
Não há nada
hoje em dia
que me faca querer voltar a acreditar
.
Oiço tantas vezes a manada
e o gato que mia
enquanto deixo cair aquele brilho do olhar
.
Confiança no dia de amanhã que hoje a noite fez-se longa. Porquanto a esperança faz a trouxa, montando a tenda sem que a lua se esconda
no fundo
considero me um fugitivo demasiado sensitivo, para uma qualquer tribo.
Por mais que tente,
não encontro o meu trilho e por isso pilho
ando por aí, de astro em astro
barco sem mastro
camuflado de sentinela
-mas sinto me estrangeiro-
um calor que congela
.
Por dias, apenas as melodias me fazem caminhar, e as letras me empurram a continuar.
O facto de os ter comigo também me faz acreditar, melhor dizendo, apenas eles não me deixam nunca. Desanimar. Apesar de, por mais que me custe, me tenha privado de os ver gargalhar, e o sol é o único que não me ofusca enquanto caminho para o ouvir poisar.
sábado, 22 de novembro de 2008
Ontem. Primeiro dia de neve e eu a rir-me. Á tanto tempo que não via neve. Quando vejo chuva, normalmente entristece-me. Tenho que estar mesmo para lá para me rir ao ver chuva. O dia fica escuro, as pessoas correm, ainda mais, as suas cabeças baixas, a contar os passos das correrias e os ombros encostados ao pescoço para proteger das gotas que teimam em entrar pela gola a dentro. As crianças em casa. Não vão elas ficar doentes. Isto do stress adoece mesmo. Um carro passa, mais rápido do que parece normal, nós, á espera da nossa vez em vermelho, molhamos-nos. Não faltava mais nada. E é aí que vemos que já perdemos o autocarro para casa.
Mas a neve tem um efeito diferente, em mim. As ruas ficam pálidas, quase celestiais. Os miúdos na rua, bolas gigantes, umas em cima das outras e cedo se fez um homem, nariz de cenoura. Os trenós descem e sobem a velocidades inversas. Mas o sorriso, paira em frente das caras, tanto a subir como a descer. Não sei, há qualquer coisa de mágico na neve. Na sei se já viram um floco de neve. Um único, visto de muito perto, o nariz quase a tocar e a respiração retida. Qualquer calor a mais e o floco é apenas mais uma gota. E volta a chuva. E eu não quero ver chuva, quero neve. Por isso, vou sustendo a respiração, o mais que posso.
domingo, 16 de novembro de 2008
E apesar de cada das vezes pensar e sentir isto, talvez seja esta a que me sinto mais à deriva. Talvez não,. de certeza. Como um beijo prestes a dar, sem saliva. Que lesa.
Alguma vez sentiram que eram mais em vida do que em sonho? Como pôr isto de maneira legível: A minha pergunta é se alguma vez se sentiram tão que preferiam não adormecer nunca, para que esse sentimento jamais se desvanecesse?
Imaginem um sapo que, de repente, se transforma em príncipe. Imaginem um cavalo solto da ancoragem e liberto numa qualquer savana se emancipe. Conseguem-se imaginar salvos dos vossos trabalhos e sem obrigações materiais. Meu deus, imaginem não conseguirem dormir porque o respirar tira-vos a calma, as imagens limpam-vos a alma, os sons clareiam a mente, os toques aconchegam o coração urgente... Meu Deus! Imaginem: o poder tocar o céu por uma pedra. Conseguem visionar uma beleza que cidra de um som que se prolonga para além do seu próprio timbre?
Como deixar isto sem que me perca entre palavras desnecessárias e supérfluas, gastas e levianas, fora, para que aquilo que diga não seja apenas algo de(mais) acrescentado.
Que a alegria se vê nos olhos, mesmo quando esta de costas.
As cartas: foram finalmente baralhadas, postas. Há uma energia a flutuar, o emitir de um sinal que estava por chegar. E chegou. Agora, anda por aí. Insónico. Eles ouvem, ladram, uivam, miam, mungem, cacarejam, grasnam, relincham, zurram, rugem, piam, chilreiam, grunhem, bailem, zumbem, urram, coaxam e até cantam: a sua chegada. Elas, fluem-na. Dividem-na.
Já questionei o poder da lua e do sol sobre aquilo que sentimos, se o conhecimento é realmente benéfico, a mim, como ser finito, ou se nos leva a uma busca insaciável e sem respeito, pelo inanalisável. Já me perguntei se as marés nos podem curar realmente de magias cheias ou ocas de cor. Já me perguntei se a vida é vivida antes ou depois, se o durante existe ou se é apenas o passado em viste da dor. Sem efeito.
No entanto. De momento, nada me trás mais inquietação do que sentir que nem todos procuramos o mesmo. Talvez seja inocente ou impaciente, anjinho ou parvinho, ou apenas ignorante. Adiante. A pergunta: O que leva algo de mente pensante a processar, amaldiçoar, quebrar, maltratar outro também de pensamento incessante, pelo simples facto de o fazer?
Perturbante.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Mudei de casa cerca de dez vezes, mudei de escola cerca de dez vezes. Mudei de namorada cerca de cinco vezes, de amor cerca de três. Encontrei cerca de vinte novas pessoas sem as quais não seria aquilo que sou hoje. Para o bem e para o inverso.
Costumava pensar que estava de alguma forma assombrado, -não é normal andar sempre de um lado para o outro, qual nómada em casa de papelão. Lembro-me de ter cerca de oito anos e pensar que não queria crescer nunca. Brincava aos grandes com a minha Irmã mais nova, mas tinha consciência que era tão feliz que eu, não queria crescer nunca. A casa, cheia de amor, era visitada por discussões infindáveis. Tenho sorte de não me lembrar de quase nada até aos dezasseis anos. Memória selectiva, dizem eles. A falta de vontade, e não a incapacidade, de relembrar lembranças escuras. Pálidas.
Lembro-me que muitas das crianças que eu conhecia sonhavam em crescer, e eu sempre -quem me dera não crescer nunca. Se calhar é por isso que sou pequeno. Dormia todo enroscado porque diziam que dormir esticado fazia crescer. E eu não queria crescer, nunca. Por isso quando me perguntavam o que queria ser, dizia -cientista. -E curar as doenças do mundo. Mal sabia eu que as maiores doenças são aquelas sem diagnóstico. A minha mãe acenando a cabeça, toda ela orgulho... A professora da primária, muito querida, que um dia me puxou as orelhas, todo eu espanto -Há pessoas inteligentes, e outras espertas, tu és inteligente e esperto. Despertou-me a atenção por alguns momentos, mas depois tocou o sino e eu queria era brincar e não crescer, nunca. Não queria ser inteligente nem esperto. Os professores, no ciclo: és muito inteligente mas só usas a inteligência para o que não interessa. Mas o que é que interessa, afinal? E lá ia eu para o recreio, jogar à bola, andar á pancada, comer pães com "chóriço".
Memória selectiva: Brincar aos carrinhos com o meu irmão na rua, na berma do passeio, se caísse, voltava a trás. Jogar á bola com meias enroladas no corredor de casa. -Ganda sorte que não temos vizinhos em baixo. E os jogos intermináveis no tapete com os bonecos dos bolos de anos. -Tocou na mão, penalti. O mundo era aquilo. Os grandes não se sentam no chão, os grandes nunca ficam em casa a ver televisão. Os grandes não saem á meia-noite de casa para ir jogar á bola. A dois. A coisa que mais me trás quente adentro é a lembrança de ir para a escola de mãos dadas com a minha Irmã mais nova, cumprimentando toda a gente na rua: "Bom dia!" e levá-la á sala. Toda ela era vergonha. Eu batia, abria-lhe a porta e deixava-a entrar. Para mim, nada de especial. No dia a seguir, "Mano, levas-me á sala?".
Agora estou em casa. Senti-me abandonado e o meu mano aqui atrapalhado. Afinal éramos cinco, mas sempre fomos quatro muito juntos, visto que a mais velha decidiu cedo: Quero ser grande. Nós, agarrados ás cordas do coração, sempre lutamos por um futuro melhor e com o tempo ele veio. Vim de vez e voltei. Portugal. Vim outra vez. Alemanha. Destino, diria eu. Estou melhor que nunca porque era aqui que queria estar. Melhor que nunca e no entanto sinto que vocês me faltam. Tanto. Espero que me entendam. -Estava farto de viver ás costas sem me poder abraçar. Mas vocês ficaram, não para trás, mas também nem sei se para a frente, porque tenho tanto medo que se esqueçam, de mim. Tenho saudades vossas, de todos vocês. Pela primeira vez olho de frente para a saudade. Em toda a minha vida, de poucos anos preenchida, deixei migalhas para trás. Mas era eu o pão e vocês ficaram com um pedaço de mim. Cada um. Ainda bem. Agora faço parte de vocês, porque eu, eu sou massa que vocês moldaram. E embora não me ache nada de especial, o facto de me abraçarem faz-me sentir orgulhoso por vos ter. Em mim.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Chegara o tempo.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Imagem
Tive um sonho. Não me costumo lembrar dos sonhos mas este era tão especial que decidi lembrar-me dele até o poder partilhar.
Imaginem o seguinte: Um dia, sem mais nem menos, toda a gente se senta num banco e levantando-se para o mundo grita:
-O que eu quero é ser feliz!
Agora, imaginem toda esta mesma gente a fazer tudo o que tem à sua disposição, -isto é, crer e querer ser feliz.
Querem saber o que eu vi?
Vi pessoas. Nada mais. Pessoas. A diferença dessas pessoas para as da vida real é que aquelas pessoas tinha a consciência que não era feliz. Tinham caído em si e por breves momentos reparado que por mais que tivessem vivido uma vida inteira a acreditar que o eram, na verdade não o eram. Mas o que é já a realidade, afinal.
Na verdade, a maior parte das pessoas tem a sina -de ser feliz- mas guarda essa mesma sina para amanhã.
Porquê?
-eu tenho uma teoria, que vou partilhá-la. E vocês podem lê-la, se quiserem.
-eu acho que, o Homem, na sua grande maioria, tem medo da felicidade. Sim. Insiste que quer ser feliz mas evita a felicidade. Afasta-a. Luta contra ela. Mata-a, por vezes. E apesar de ela tantas vezes outras ressuscitar, qual Messias saído dos escombros, ignora-a e obriga-a a abandoná-lo. Ao fim e ao cabo, o mesmo Homem que diz tudo fazer para o ser, tem medo de ser feliz, de fazer e ver os outros felizes. Como que ao sê-lo nada mais houvesse para alcançar. Conquistar. E o Homem, conquistador como nenhum outro ser, de terras, de mares, de bens, de males, de corações, de estômagos, de seres, de pedras, (in)conscientemente pensa que se fosse feliz nada mais tinha para conquistar. E, na sua insaciável busca por algo novo e quando prestes a alcançar o seu objectivo, traça de imediato um outro, bem Mais apetecível e por ventura Mais difícil de alcançar. Talvez se tomasse como Tolo ao pensar em tal Loucura: Ser feliz: Se já feliz, porque lutaria, porque mataria, porque roubaria, porque odiaria, porque pecaria. Poderia por último dizer que é feliz a cometer tais actos. Mas não estaria este então em minoria? Eu penso que sim. E segundo Darwin, morreria aos poucos, em maioria, sem transmitir essa virtude que se transformara em defeito, qual pensamento condenado ao esquecimento.
Vem de novo a questão: Como ser feliz? Sinceramente, não sei. Mas acho que se pode basear mais ou menos nisto: Amor para com aqueles que nos querem bem. Pois, aquilo que quase todos aprendem no primeiro dia de catequese. Até eu que nunca lá fui recebi por entre médio de um qualquer miúdo vislumbrado esse -ensinamento-.
Fica ao vosso critério, mas se alguma opinião tenho, essa seria de certeza a minha. Posso muito bem estar errado, mas por aquilo que vou vendo, ser feliz traduz-se apenas em amar aquilo que fazemos; o que vemos; com quem estamos; o mundo com o qual interagimos; afinal, o que sentimos e nunca o que (não) temos. Podemos gostar, muito até, mas pelo que sei ninguém ama o aquedutos das águas livres desenhado num pedaço de papel.
E como posso ser feliz amando: Como? Acho que começando por não tentar mudar o Outro, por outras palavras, não tentando mudar o mundo, tentando apenas mudar o que de mim vejo e sinto de errado. Não a carne nem o osso. Apenas aquilo que me trás um aperto de dor por dentro quando o faço. À primeira. E com todas as minhas forcas mudar. Não há meio. Não há mais ou menos. Não há melhor ou pior. Há. O bom e o mau. Todos nós sabemos disso. Basta -apenas- amar o bom. A mim, custa-me. De qualquer maneira, acho que nada dá mais prazer do que olhar a prata no vidro e ver reflectido uma pessoa melhor, cada dia. Com algumas, muitas ou poucos falhas. Mas, com essa mudança, vejo o que de mais importante sinto: A mudança para melhor daqueles de quem gosto. Perdão, amo. E assim dá gosto mudar.
Afinal, não seremos todos nós espelho daqueles que amamos?
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Algo Que...
Começo por aplicar a formula da divisão
Fora de questão estão a soma ou a subtracção
Assim como a despropositada multiplicação
Isto porque a vida nunca nos junta nem nos minimiza
Divide-nos e quimeriza a saudade sem depreender
Cada um dos detalhes que por dentro a contabiliza:
A solução para a conversão do observar em viver
-
Aquilo que sobrar é resto
Dois elementos juntam-se por afecto
E o que sobra nunca é superior ao inicial
A resposta para a unidade em sentido. No final.
-
Que pressão interior
Parece que me sinto em furor
Nada do que vejo é superior
Tudo me é superficial e sem valor
Estou a poucos minutos de partir
Sair daqui e começar a descobrir
Procurar novos mundos no vento
De momento
São apenas palpitações a surgir
O desejo de cumprir:
Algo que sinto
No peito
A rugir
Por ouvir - Por olhar - Por tocar - Por sentir
Olha me nos olhos - Vê me correr entre os folhos
Em frente - Procurando o que perdi na corrente
Do passado: foi bom. Entretanto acabou se me o dom
De sonhar - Sem parar cresci deixando por lá o que já esqueci
outros dizem que aprendi - Eu acho apenas que O perdi.
Por aí...
O sabor ficou, amargo na boca e eu, parece que ainda aqui estou.
-No entanto-
Sempre que vejo as Estrelas brilharem
-cumprimento as
Penso que olham por mim sem ganância nem retoma
-invejo as
Por de tão imponentes nada têm de carentes na forma
-oro as
Para que na hora certa a sua cerca nos aproxime ao desdenharem
-afasto as
O que de tão importante te levou ao meu apartar
O que de tão arrogante te fez continuar a amar
Apenas uma parte de mim e conseguir assim andar
Sabes: por aí trilham aqueles que nos tentaram ensinar.
Será que algum dia terei a coragem de me abandonar
Espero que esse momento chegue e que seja suficiente
Para me encontrar. O que creio ser o ciente
Dono de mim que vagueia por aí sem se fazer notar.
Que arrepios sem prazer me fazem exaltar sem corar
A sinfonia interior que me trás ao mundo incolor dos exaltados
Tapados por vendas transparentes entre correntes sem parentes
Escolhidos a dedo sem tempo vivem para si sem pensamento. No fim.
Vivo apenas o que li. O resto vagueia somente no que escrevi. Em ti.