segunda-feira, 21 de maio de 2018



Leio as notícias e desligo-me de todo um Terror que me assume de quando em vez.
Às vezes a vida avoluma-se mais do que aquilo que eu posso carregar. Tanta merda a cada esquina, cada cidade, em cada país, a cada continente, em cada casa, cada jardim, a cada beco...
Sinto-nos ser guiados, sem travões, contra uma parede intransponível de fogo num tártaro infinito.

E esquecer isto?

E ser Feliz, sem qualquer motivo de orgulho por ter nascido aqui e não para lá de uns muros quais queres de ideologias bacocas e ultrapassadas, ou num deserto qualquer particionado por chocolates, ou num ninho de droga e prostituição causado pelos mesmos que se dizem eleitos por nós: povo.

Como?

Não há motivos para morrer por nada, mas por vezes custa-me tanto levantar e acreditar que isto é uma vida digna de se viver.

Cada lua cheia, que me rouba o sono, traz-me também este tipo de alucinações. Depois acordo e sonho com micromudanças, Educação, consciência comum, sustentabilidade, Amor ao próximo, sensibilidade.


Punho no ar, palma da mão no peito - desistir não é opção, isto é só um choro agarrado a uma qualquer inspiração, um suspiro, um pouco de ar inspirado para mais uns tantos gritos de revolta, compostos por passos retos. Insurreição: só com propósito. Estamos vivos. Sempre.

Sem comentários: